"E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja;
as portas do inferno não prevalecerão contra ela." São Mateus 16, 18.
Os católicos de hoje se parecem
com os funcionários públicos! A afirmação pode soar irônica para aqueles
que já se decepcionaram com os serviços públicos, ou para aqueles que
sabem como é 'vantajoso' ser funcionário público. Para alguns desses
funcionários pode soar preconceituosa, e a estes peço desculpa e licença
para continuar a comparação.
Veja bem, olhe direito e compare
os católicos de hoje com os funcionários públicos. Os católicos, pelo
fato de terem a garantia dada por nosso Senhor Jesus Cristo a Pedro de
que "as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Matheus 16,18),
se sentem erroneamente na confortável condição de simples apreciadores e
expectadores inertes, como dizia o beato Anacleto González Flores. Pela
confiança na afirmação de que nada pode nem irá destruir a Igreja, os
católicos se lançam no descaso e descompromisso de não fazer nada para
sustentá-la nem para edificá-la. Sentem-se como funcionários públicos
dentro da Igreja e se dão ao luxo de usufruí-la pacifica e
convenientemente de acordo com sua disposição sentimental, de agenda e
horário ou outro fator. Colocam-se como simples expectadores assistindo a
Igreja caminhar e fazem o mínimo esforço necessário para não se
desvincularem e se manterem no 'quadro efetivo' da Igreja.
Se a compararmos agora os
católicos com os protestantes nós simplesmente tomaríamos um 'coro'.
Quantas seitas protestantes abrem suas 'portas' em cada esquina de nosso
Brasil. Antes de criticarmos, devemos olhar o porque desse sucesso.
Além da carência sentimental e espiritual que vemos hoje, as pessoas,
por possuírem má formação, seja católica ou não, não conseguem
distinguir o joio do trigo. As seitas protestantes utilizam
extraordinariamente de estratégias para 'conquistar' novos fiéis e
manter os antigos. Utilizam o marketing, com outdoors, panfletos,
cartazes; o relacionamento social entre as pessoas; a internet; a
música; a televisão; rádio etc. para 'vender seu peixe'. Os católicos,
em contrapartida, estão percebendo que estas estratégias rendem frutos e
começam, mesmo que atrasados, a explorá-la.
Não desejo propor que os
católicos façam essas coisas por simples proselitismo demagogo, e sim,
que utilizem dos meios adequados eficazmente para melhor difundir a
Verdade. A raiz desses problemas está na falta de interesse por parte
dos católicos em colaborar efetivamente na missão Salvífica da Igreja,
de ajudar a Igreja em suas necessidades materiais e espirituais e de se
sentir parte dessa comunidade de fé que a mais de dois mil anos tem
caminhado e passado por árduas dificuldades, tendo em seu trajeto
deixado rastro de sangue derramado pelos mártires e santos e que, antes
de desanimá-la, revigora a convicção de estar no caminho certo.
Se compararmos um católico com
um evangélico perceberemos claras diferenças. Quantos católicos andam
pelas ruas com um bíblia em mãos? Quantos católicos têm o costume de ler
diariamente a Bíblia? E quanto desses sabem passagens e versículos de
cor? Quantos colaboraram com o dízimo? Quantos estão à disposição do
Padre e Bispo para assumirem cargos de sua competência e auxiliar a
Igreja em suas necessidades? Quantos se sentem parte de uma comunidade e
se esforçam para que ela seja firme e unida? Não generalizo que todos
os protestantes assim o sejam; não é isso. O que desejo demonstrar é a
nossa convicção de que a Igreja, apesar dos vários tipos perseguições e
abalos que possa sofrer, não será destruída. Os protestantes, pelo
contrário, se não dedicarem diariamente a suas 'igrejas' com o dízimo,
participação, convites a novos participantes, esses sim, sabem e se
estremecem com o risco de acabarem sem fiéis. Eles não são e nem foram
construídos sobre a Pedra Angular que Cristo deixou à Igreja: Pedro. Mas
antes de desanimarem - na verdade muitos nem sabem que estão no erro -
eles dedicam com muito empenho para que suas 'igrejas' possam crescer e
se manter. Antes de os criticarmos temos que ver, dentre às milhares,
quais delas possuem o reto desejo de evangelizar e viver como nosso
Senhor ensina.
Temos que aprender com eles o
que tem a nos ensinar. Não podemos ficar na posição de funcionários
públicos dentro da Igreja Católica esperando que outros façam. Temos que
abraçar a causa e vestir a camisa que nos foi entregue e que está
manchada de suor e sangue dos milhares de homens e mulheres que nos
permitiram receber esse tesouro. Temos que ter gratidão com estes homens
e mulheres que se dedicaram na reparação e edificação da Igreja. Não
podemos nos dar ao luxo do conforto de não nos questionarmos o que Deus
quer de nós.
No fundo a apatia e desâmino
pelo qual passam muitos católicos se dá pelo fato de não se questionarem
sobre sua vocação; de não perguntarem a Deus o que ele quer deles,
aonde quer que seus dons sejam dedicados. Não podemos nos colocar como
funcionários públicos dentro da Igreja e caminhar desanimados e
desesperançosos cumprindo o mínino necessário para estarmos em seu
quadro. Temos que abraçar sua causa que é Cristo e lutar para seu
triunfo e glória. A afirmação de que a "as portas do inferno não
prevalecerão contra ela." (São Mateus 16, 18), antes de nos colocar em
situação confortável, tem que nos instigar e desafiar a sermos parte
daqueles que destruirão as portas do inferno e vencerão a morte e o
pecado. O que conta nessa vida é termos nosso nome na lista dos que
participaram e se doaram para o triunfo da Igreja e da Glória do Cristo,
Nosso Rei e Senhor!
Texto retirado do blog: http://amigocruz.blogspot.com/2011/04/os-catolicos-de-hoje-sao-como-os.html#ixzz1KogWO8eT
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