quinta-feira, 28 de abril de 2011

Os católicos de hoje são como os funcionários públicos, e não como os protestantes

"E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja;
as portas do inferno não prevalecerão contra ela." São Mateus 16, 18.

Os católicos de hoje se parecem com os funcionários públicos! A afirmação pode soar irônica para aqueles que já se decepcionaram com os serviços públicos, ou para aqueles que sabem como é 'vantajoso' ser funcionário público. Para alguns desses funcionários pode soar preconceituosa, e a estes peço desculpa e licença para continuar a comparação.

Veja bem, olhe direito e compare os católicos de hoje com os funcionários públicos. Os católicos, pelo fato de terem a garantia dada por nosso Senhor Jesus Cristo a Pedro de que "as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Matheus 16,18), se sentem erroneamente na confortável condição de simples apreciadores e expectadores inertes, como dizia o beato Anacleto González Flores. Pela confiança na afirmação de que nada pode nem irá destruir a Igreja, os católicos se lançam no descaso e descompromisso de não fazer nada para sustentá-la nem para edificá-la. Sentem-se como funcionários públicos dentro da Igreja e se dão ao luxo de usufruí-la pacifica e convenientemente de acordo com sua disposição sentimental, de agenda e horário ou outro fator. Colocam-se como simples expectadores assistindo a Igreja caminhar e fazem o mínimo esforço necessário para não se desvincularem e se manterem no 'quadro efetivo' da Igreja.

Se a compararmos agora os católicos com os protestantes nós simplesmente tomaríamos um 'coro'. Quantas seitas protestantes abrem suas 'portas' em cada esquina de nosso Brasil. Antes de criticarmos, devemos olhar o porque desse sucesso. Além da carência sentimental e espiritual que vemos hoje, as pessoas, por possuírem má formação, seja católica ou não, não conseguem distinguir o joio do trigo. As seitas protestantes utilizam extraordinariamente de estratégias para 'conquistar' novos fiéis e manter os antigos. Utilizam o marketing, com outdoors, panfletos, cartazes; o relacionamento social entre as pessoas; a internet; a música; a televisão; rádio etc. para 'vender seu peixe'. Os católicos, em contrapartida, estão percebendo que estas estratégias rendem frutos e começam, mesmo que atrasados, a explorá-la.

sábado, 23 de abril de 2011

O SÁBADO SANTO E O SENTIDO DA PÁSCOA


No Sábado Santo, com a chegada da noite, entramos no coração das celebrações da Semana Santa! É a hora da Grande Vigília, a Vigília Pascal, que Sto. Agostinho (+ 430 d.C.) chamava a Mãe de todas as Vigílias!
Para os primeiros Cristãos, a Páscoa não era apenas uma Festa entre tantas outras, mas era a Festa das Festas! É assim que é até hoje! A maior Festa da Igreja Católica não é a Festa do Padroeiro (a), mesmo de Nossa Senhora! Não é a Festa do Natal, que é o começo de nossa Salvação! Não é a Festa de Pentecostes, que é complemento da Páscoa! A maior Festa da Igreja Católica é a Festa da Páscoa! Somos uma Igreja Pascal!
A Liturgia da Vigília Pascal, riquíssima, divide-se em quatro partes:
1) Bênção do Fogo e do Círio Pascal, que simbolizam o Cristo Ressuscitado;
2) Liturgia da Palavra, com várias leituras do Antigo e Novo Testamento, que resumem a História da Salvação;
3) Liturgia Baptismal: na Igreja Primitiva, o Baptismo dos Catecúmenos Adultos era feito na Vigília Pascal, depois de longa preparação;
4) Liturgia Eucarística: segue-se, então a Missa com procissão das Ofertas.
Eis uma pergunta que sempre é feita: porque é que a Festa da Páscoa é móvel: não cai sempre no mesmo dia de um mês? A Resposta: - porque os Cristãos herdaram dos Judeus a data da Páscoa, que é no Domingo depois da primeira Lua Cheia da Primavera (na Europa e no Ocidente). Para nós, no Hemisfério Sul, a Páscoa é no Domingo depois da primeira Lua Cheia do Outono. Com a Páscoa variam as Festas da: Ascensão do Senhor, Pentecostes, Corpus Christi (Corpo de Deus) e Sagrado Coração de Jesus.
A Páscoa tal como a celebramos hoje
Após uma disputa seríssima sobre o assunto entre a Igreja do Oriente e do Ocidente, venceu Roma pelo Concílio de Niceia em 325. Tudo começa com a controvérsia Quartodecímana, ou do décimo quarto dia, a disputa sobre a celebração da Páscoa lançou a Igreja da Ásia Menor contra a Igreja de Roma. A Igreja Oriental comemorava a Páscoa com uma vigília na mesma noite em que se celebrava a Páscoa judaica, independentemente do dia da semana em que caía. O costume romano também observado em alguns lugares da Ásia Menor, defendia que a Páscoa caía no domingo seguinte da Páscoa judaica. Após longas disputas e discussões sem conclusões absolutamente nenhumas e com uma grande confusão em toda a Igreja (uns a celebrar a ressurreição outros ainda a fazer jejum...), a Igreja de Roma, com a afirmação cada vez mais forte do bispo de Roma, as coisas serenaram e foi definido no Concílio de Niceia em 325 a celebração da Páscoa tal como a temos ainda hoje...

sexta-feira, 22 de abril de 2011


Sexta-feira da Paixão do Senhor


Eu vos digo com toda a verdade, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, ficará só; mas, se morrer, produzirá muito fruto” (Jo 12,24).
Meus irmãos e minhas irmãs,

Hoje é o único dia do ano litúrgico em que não se celebra a Santa Missa. A Igreja está de luta, na celebração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Igreja está em recolhida oração. Hoje é dia de penitência. Dia de jejum. Dia de abstinência de carne. Dia em que cada um de nós deve voltar seus pensamentos para o Calvário, há dois mil anos, e participar dos sofrimentos atrozes vividos pelo Redentor da Humanidade.

quinta-feira, 21 de abril de 2011


5ª Feira Santa

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João:




Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde». Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés». Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos». Jesus bem sabia quem O havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos». Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa. Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também».

Palavra da salvação.


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Quarta Feira Santa !


"Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Isca riotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”.
19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?”
23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”."(Mateus 26,14-25)

Hoje, mais uma vez, Jesus vem nos falar da Traição de Judas... porque ? Para que possamos vigiar com o Cristo, para que vivamos atentos com as nossas vidas... somos pacíveis de erros, temos grande oportunidade para se tornar um traidor como Judas. Fazendo de nossa vida uma vida estritamente pecaminosa, uma vida consagrada ao mal. Cristo vem nos alertar , para que vigiemos, isto é não é apenas uma exortação para Judas, e sim para nós, para observarmos a nossa vida, observarmos a nossa conduta diante da nossa vida Cristã !

Jesus, não deseja que nós nos perdemos nesta vida, afinal todo seu sacrifício , foi para nos dar vida e vida em abundância ! Deste modo, Cristo vem nos exortar para que vivamos seus mandamentos, tenhamos uma vida digna e santa diante do seu amor ! Assim teremos uma vida abundante da Graça, do amor, da misericórdia ! Ontem ouvi meu grande Pai e Pastor Dom João Evangelista Martins Terra dizendo : " Quando não amamos o nosso irmão, é ai que vedemos a Cristo por Trinta moedas ". Isso cai como luva em nossas mãos, pois tanto Cristo nos pediu para amar , receber os pequeninos, perdoar quem nos ofende, amar quem nos odeia, tudo isso foi ensinado pelo próprio Senhor! E por isso friso, necessitamos vigiar nossa conduta Cristã ! Para vermos se somos verdadeiros apóstolos, ou se somos verdadeiros Judas, que caminha com o Cristo, mais depois o entrega com um beijo !

Deus está conosco e fala sem cessar em nossa mente, em nossa vida ! Abramos o coração para graça da Semana Santa, para este tríduo pascoal, para que possamos morrer com Cristo , e vivenciar a graça da ressurreição em nós , para uma vida nossa diante do amor de Deus ! Uma Santa Quarta feira, peça ao Santo Paráclito , que lhe conduza em um caminho santo, de amor, de perdão, e discernimento e coragem !

Vinde Espírito Santo ! Amém 

terça-feira, 19 de abril de 2011

TERÇA FEIRA SANTA
O dia de terça feira da última semana que Jesus passou na terra, antes da Sua morte na cruz, foi, sem dúvida, o mais movimentado do Seu ministério.
O dia começou bem cedo, com a saída de Jesus e Seus discípulos de Betânia para Jerusalém, e terminou pela noite dentro, num jantar, em Betânia, onde Maria unge Jesus para a sepultura e de onde Judas sai, possuído por Satanás, para trair o seu Mestre, entregando-o aos principais dos sacerdotes e capitães do templo (Lucas 22:1-6).
Pelo meio ficam as respostas dadas pelo Senhor às ardilosas questões dos fariseus, saduceus e herodianos, sobre a sua autoridade, ressurreição dos mortos, tributo, grande mandamento; fica também o discurso escatológico de Jesus, a profecia da destruição de Jerusalém, ensinos sobre a segunda vinda, condenação dos ímpios e galardão dos salvos.
É um dia terrivelmente desgastante  e que só Jesus, o Senhor, podia concretizar.
Ele foi fiel, concreto e objectivo. Nada deixou por fazer. Em  breve diria:- "Está consumado".
Será que entendemos que só temos que crer na Sua Obra vicária?

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Segunda Feira Santa!


"1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.
4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar:5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las aos pobres?” 6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela.
7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”.
9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos mortos.10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus. (João 12,1-11)"

O domingo de Ramos

Imagem de DestaqueA Semana Santa começa no domingo chamado de Ramos porque celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples que o aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”.
Esse povo tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia há poucos dias e estava maravilhado. Ele tinha a certeza de que este era o Messias anunciado pelos Profetas; mas esse povo tinha se enganado no tipo de Messias que ele era. Pensavam que fosse um Messias político, libertador social que fosse arrancar Israel das garras de Roma e devolver-lhe o apogeu dos tempos de Salomão.
Para deixar claro a este povo que ele não era um Messias temporal e político, um libertador efêmero, mas o grande libertador do pecado, a raiz de todos os males, então, Ele entra na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos reis sagrados, montado em um jumentinho; expressão da pequenez terrena. Ele não é um Rei deste mundo!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Padre também se confessa?

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Ser ministro do sacramento não nos deixa isentos das fraquezas
Por incrível que pareça essa pergunta é frequentemente feita a nós sacerdotes: "O padre se confessa? Precisa se confessar? Com quem ele se confessa?" Ser ministro do sacramento da reconciliação não nos deixa isentos das fraquezas e de, infelizmente, cairmos no pecado. O sacerdote, como fiel adulto, necessita e deve se confessar. Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC): número §1457: Conforme mandamento da Igreja, "todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar seus pecados graves, dos quais tem consciência, pelo menos uma vez por ano". Certas pessoas pensam que o padre se confessa com o bispo e o bispo com o Papa. E o Santo Padre confessa com quem? O Papa tem o seu confessor, que até pouco tempo era um frade Capuchinho. Existem pessoas que chegam a acreditar que o  sacerdote se confessa com o espelho. Não, o padre não pode se absolver, ele sempre procura outro sacerdote para se confessar.
Todos os anos os sacerdotes da Diocese de Lorena, juntamente com o seu Bispo, Dom Benedito Beni dos Santos, participamos de uma manhã de espiritualidade em preparação para a Semana Santa e Páscoa. Depois de uma reflexão muito profunda, Dom Beni preside uma celebração penitencial na qual os 60 sacerdotes se confessam uns com os outros. Graças a Deus, padre também se confessa e experimenta a vida nova em Cristo pelo sacramento da reconciliação e da misericórdia.
Por que Cristo instituiu o sacramento da penitência?
CIC §1421 O Senhor Jesus Cristo, médico de nossas almas e de nossos corpos, que remiu os pecados do paralítico e restituiu-lhe a saúde do corpo, quis que sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação, também junto de seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o sacramento da Penitência e o sacramento da Unção dos Enfermos.
Por que existe um sacramento da reconciliação depois do batismo?
CIC §1426 - 1425 Entretanto, a nova vida recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação ao pecado, que a tradição chama de concupiscência, que continua nos batizados para prová-los no combate da vida cristã, auxiliados pela graça de Cristo. É o combate da conversão para chegar à santidade e à vida eterna, para a qual somos incessantemente chamados pelo Senhor.
Quando foi instituído este sacramento?
CIC §1446 Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores de sua Igreja, antes de tudo para aqueles que, depois do Batismo, cometeram pecado grave e com isso perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. E a eles que o sacramento da Penitência oferece uma nova possibilidade de converter-se e de recobrar a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como "a segunda tábua (de salvação) depois do naufrágio que é a perda da graça".
CIC §1485 O Senhor ressuscitado instituiu este sacramento quando, na tarde de Páscoa, se mostrou aos Apóstolos e lhes disse: "Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos" (Jo 20, 22-23).
Quais os elementos essenciais do sacramento da reconciliação?
CIC §1440 – 1449 São dois: os atos realizados pelo homem que se converte sob a ação do Espírito Santo e a absolvição do sacerdote, que em Nome de Cristo concede o perdão e estabelece a modalidade da satisfação.
Quais são os atos do penitente?
CIC §1491 O sacramento da Penitência é constituído de três atos do penitente e da absolvição dada pelo sacerdote. Um diligente exame de consciência; a contrição (ou arrependimento), que é perfeita, quando é motivada pelo amor a Deus, e imperfeita, se fundada sobre outros motivos, e que inclui o propósito de não mais pecar; a confissão, que consiste na acusação dos pecados feita diante do sacerdote; a satisfação, ou seja, o cumprimento de certos atos de penitência, que o confessor impõe ao penitente para reparar o dano causado pelo pecado.
Que pecados se devem confessar?
CIC §1456 Devem-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados, dos quais nos recordamos depois dum diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão.
Quem é o ministro deste sacramento?
CIC §1446 –1466 -1495 Cristo confiou o ministério da reconciliação aos seus Apóstolos, aos Bispos seus sucessores e aos presbíteros seus colaboradores, os quais, portanto se convertem em instrumentos da misericórdia e da justiça de Deus. Eles exercem o poder de perdoar os pecados no Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Quais são os efeitos deste sacramento?
CIC §1468 Os efeitos deste sacramento "Toda a força da Penitência reside no fato de ela nos reconstituir na graça de Deus e de nos unir a Ele com a máxima amizade." Portanto, a finalidade e o efeito deste sacramento é a reconciliação com Deus. Os que recebem o sacramento da Penitência com coração contrito e disposição religiosa "podem usufruir a paz e a tranqüilidade da consciência, que vem acompanhada de uma intensa consolação espiritual". Com efeito, o sacramento da Reconciliação com Deus traz consigo uma verdadeira "ressurreição espiritual", uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus, entre os quais o mais precioso é a amizade de Deus (Cf. Lc 15,32).
CIC §1449 A fórmula da absolvição em uso na Igreja latina exprime os elementos essenciais deste sacramento: o Pai das misericórdias é a fonte de todo perdão. Ele opera a reconciliação dos pecadores pela Páscoa de seu Filho e pelo dom de seu Espírito, por meio da oração e ministério da Igreja:
Deus, Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Obrigado, Senhor, pela Tua infinita misericórdia, criaste os sacramentos da ordem e da confissão. Grande oportunidade de experimentarmos o perdão e voltarmos à amizade Contigo.
Padre Luizinho - Com. Canção Nova
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