VERDADES E FUNDAMENTOS DA FÉ CATÓLICA
Em toda a história da humanidade o homem não cessa de buscar a Deus. Esta busca se dá através das orações, sacrifícios, cultos, meditações, ações, entre outras formas. Mas como podemos conhecer a Deus, se nunca O vimos?
Podemos conhecer a Deus mediante Suas obras e
mediante
a nossa Fé. A fé é a resposta do homem a Deus
que se revela e a ele se doa, trazendo ao mesmo tempo uma
luz superabundante
ao homem em busca do sentido último de sua vida. Como
podemos
falar de Deus?
Nosso conhecimento de Deus é tão
limitado, como também é limitada nossa linguagem sobre
Deus. Só podemos falar de Deus através das criaturas
vivas ou dos recursos naturais que conhecemos, e segundo
nosso modo
humano limitado de conhecer e pensar.
De qualquer forma, temos que nos lembrar
e ter
sempre conosco, dentro de nossos corações, que todas
as criaturas trazem em si uma certa semelhança com Deus.
O homem guarda características tão dignas como a verdade,
a bondade, a beleza, a caridade, o amor...Tais
características
não podem ter outro autor senão o Todo Poderoso. Todas
estas características contemplam, portanto, o Seu Autor.
Assim como uma obra de arte reflete
sempre, de
alguma forma, o seu autor, também nos devemos refletir
nosso
Criador. "Sem o Criador a criatura se esvai".
Como entender Deus Criador?
Deus criou o mundo segundo Sua
sabedoria. O mundo
procede da vontade livre de Deus que quis fazer as
criaturas participarem
do Seu Ser, da Sua sabedoria e da sua bondade. Que haveria
de extraordinário
se Deus tivesse tirado o mundo de uma matéria
preexistente?
Quando se dá um material a um artesão, ele faz do
material tudo o que quiser e souber. Se este fato confere a
este
artesão um lado criador, tanto mais será nada para
criar tudo o que Sua Vontade e Sabedoria desejam. Deus
parte do
Nada e cria o mundo, dentro dele, o homem.
Uma vez que Deus pôde criar do nada,
pode,
através do Espírito Santo, dar vida da alma aos homens,
com o objetivo de mantê-los sempre junto Dele, mas ao
mesmo
tempo, deixando o homem livre para escolher essa união. Já
que pela sua palavra pôde fazer resplandecer a luz a
partir
das trevas, pode também dar a luz da fé àqueles
que a desconhecem.
Dessa forma, a criação é
uma obra querida por Deus como um dom que foi dirigido ao
homem;
como uma herança que lhe é destinada e confiada.
Entretanto, Deus transcende a criação,
pois é infinitamente maior que todas as Suas obras. Por
ser
o Criador soberano e livre, causa primeira de tudo o que
existe,
Ele está presente no mais intimo das suas criaturas.
Segundo
as sábias e inspiradas palavras de Santo Agostinho: "Ele
é maior do que aquilo que há de maior em mim e mais
íntimo do que aquilo que há de mais intimo em mim".
Deus mantém e sustenta a criação,
pois não abandona a sua criatura a ela mesma. Não
somente lhe dá o ser e a existência, mas também
a sustenta a todo instante e lhe dá o livre-arbítrio.
Reconhecer esta dependência completa em relação
ao Criador é uma fonte de sabedoria e liberdade, de
alegria
e confiança.
Os estudos sobre Deus (assuntos da
Teologia) são
elaborados considerando Deus na Unidade da Natureza e na
Trindade
das Pessoas.
Na Unidade da Natureza, o estudo de Deus
é
dividido em três partes: a Existência, a Essência
e os Atributos. Cada uma destas características existe em
Deus ao mesmo tempo e só foram separadas para serem melhor
explicadas e compreendidas.
1.1 A Existência
É um artigo de fé e nos abre uma dupla possibilidade de conhecer a Deus: Uma forma natural e uma forma sobrenatural.
É um artigo de fé e nos abre uma dupla possibilidade de conhecer a Deus: Uma forma natural e uma forma sobrenatural.
a. Forma Natural:
"Encontra-se
Deus por meio da reflexão do mundo e em nós mesmos"
(São Paulo).
Uma das maiores comprovações sobre
a Existência de Deus é a tendência dos homens
pela busca da felicidade. Em cada homem esta necessidade
não
pode ser satisfeita apenas pelo mundo e pelos seus bens.
Portanto,
segundo Santo Agostinho, é preciso que haja um bem eterno
capaz de satisfazê-la e este bem é Deus.
O conhecimento de Deus pela forma
natural baseia-se
pelo fato de que como não vemos a Deus, O conhecemos por
meio de comparações devido às suas obras, pois
não encontramos na Terra a essência de Deus, mas sim
suas obras. É através de suas criações
que conhecemos que Deus existe, como sua causa.
b. Forma Sobrenatural:
"Deus
é para nós que cremos um 'Deus desconhecido' ainda
que à luz da fé o conheçam muito melhor do
que à luz da razão" (Santo Tomaz de Aquino).
Segundo esta forma de conhecimento,
crê-se
em Deus em virtude de uma revelação sobrenatural que
é dada por meio da fé. A comunicação
de Deus conosco e sua manifestação dá-se por
meio das graças.
1.2 A Essência
Estuda o ser de Deus, sendo que a Existência e a Essência são inseparáveis em Deus. A essência de Deus é compreendida através da revelação, onde Deus se revela e se dá conhecer aos homens.
1.3 Os Atributos
São as características através das quais podemos conhecer a Deus e distingui-lo das criaturas. São todas as perfeições existentes em Deus, como por exemplo:
-
Deus é UNO: a unidade de Deus é um dogma da Igreja. É entendido como uma unidade do indivíduo levando ao monoteísmo. Este atributo foi mencionado em várias passagens: "Vede que sou Eu somente e não há outro Deus exceto Eu". (Dt 32, 39) "Ouve Israel, o Senhor teu Deus é o único Deus". (Mc 12, 29).
-
Deus é SIMPLES (PURO): em Deus nada se acrescenta ou se tira. A simplicidade de Deus é entendida como um Deus livre de qualquer multiplicidade e dispersões próprias das outras criaturas. É Deus em sua puríssima espiritualidade. Como exemplo, podemos citar uma passagem onde Jesus atribui a Deus uma figura humana ao chamá-lo PAI e ao mesmo tempo lhe atribui estado e morada acima de tudo o que é material.
-
Deus é IMUTÁVEL: Deus foi, é, sempre será o mesmo, com sua perfeição e seu amor sem limites. Segundo Santo Tomaz de Aquino: "Só Deus é".
-
Deus é ETERNO: Deus não teve início e não terá fim. "O Senhor é um Deus Eterno que criou os extremos da Terra e que não se cansa nem se esgota". (Is 40, 28).
-
Deus é ONIPRESENTE: a onipresença de Deus nos oferece a possibilidade de nos unirmos espiritualmente a Ele em qualquer tempo e condição e em qualquer lugar. Deus está sempre conosco. Entretanto, de que serve Deus estar perto de nós se nós estivermos longe Dele? Por isso em sua Bondade Infinita ele nos dá sua Onipresença e nós, com nossa Fé, podemos encontrá-lo sempre que quisermos.
-
Deus é ONISCIENTE: Deus tudo sabe. A revelação é a maior prova da onisciência de Deus.
-
Deus é ONIPOTENTE: Deus tudo pode. Algumas passagens revelam com exatidão esse atributo de Deus: "Para os homens isto é impossível, mas para Deus tudo é possível". (Mt 19, 25-26) "Pai, tudo Te é possível". (Mt 14, 36).
Quem não se sente pasmo, surpreso,
arrebatado,
maravilhado, com a observação de um céu estrelado
e da imensidão do universo?
Tais coisas nada mais são da que frutos
da Onipotência Divina. Quem deu a vida a estes corpos
celestes?
Às propriedades e forças? Quem lhes indicou o caminho e a finalidade?
Baseando-se apenas nessa observação,
como se pode recusar inserir-se na harmonia desejada pelo
Todo-Poderoso?
2 - Jesus Cristo
Jesus
significa Deus Salva. Jesus nasceu em Belém, na Judéia,
no ano 1 de nossa era. Sua mãe é Maria e seu pai adotivo
José. Seus avós maternos foram Joaquim e Ana.
A palavra Cristo do latim Christus ou
Christos
é semelhante à palavra Messias (em hebraico), que
significa Ungido. Portanto, Cristo significa Ungido do
Senhor, aquele
que recebeu a Unção com óleo. O derrame com
óleo sobre a cabeça de alguém significava a
consagração de um homem por Deus, como profeta, sacerdote
e rei.
A vida de Jesus, seus ensinamentos,
obras e palavras
foram registradas nos Evangelhos (Evangelho vem do grego
Evangelion
e significa boa nova, boas notícias). É como foi chamada
a mensagem de salvação e de redenção
que Jesus trouxe ao mundo.
2.1 O estilo do ensinamento de
Jesus.
Na época de Jesus, a palavra escrita ainda não era facilmente disponível para a comunicação em massa. Então, tornava-se essencial que um mestre apresentasse seus ensinamentos de modo a serem claramente compreendidos e memorizados. Isto exigia que o mestre fosse ao mesmo tempo um poeta e um contador de histórias, e Jesus sem sombra de dúvidas, dominava ambos talentos.
Na época de Jesus, a palavra escrita ainda não era facilmente disponível para a comunicação em massa. Então, tornava-se essencial que um mestre apresentasse seus ensinamentos de modo a serem claramente compreendidos e memorizados. Isto exigia que o mestre fosse ao mesmo tempo um poeta e um contador de histórias, e Jesus sem sombra de dúvidas, dominava ambos talentos.
As parábolas cheias de vida tirada da
natureza
ou essência humana são bem conhecidas e constituíram
a principal forma de ensinamento de Jesus. Elas incitavam
os ouvintes
para pensar e descobrir diversos níveis de significados e
aplicações.
2.2 Os principais ensinamentos.
Dentro dos ensinamentos propostos por Jesus, existem dois temas predominantes: A Verdade e Realidade e A Compreensão da Pessoa de Jesus.
Dentro dos ensinamentos propostos por Jesus, existem dois temas predominantes: A Verdade e Realidade e A Compreensão da Pessoa de Jesus.
A Verdade e Realidade: A
Realidade
que Jesus veio proclamar tem sido traduzida em Reino;
Jesus proclamou
o Reino de Deus ou o Reino dos Céus. Não apenas proclamou,
mas o inaugurou quando deixou claro que "Um novo estado de
coisas nasceu para o ser humano". Muitas foram às
parábolas
contadas sobre o Reino de Deus; dentre elas Jesus disse:
"O
Reino dos Céus é como um mercador em busca de pérolas
finas que, encontrando uma de grande valor, vai e vende
tudo o que
tem e a compra".
"O Reino de Deus não vem como sinais
que possam ser observados, nem se poderá dizer: 'Eis o
Reino
aqui' ou 'Lá está o Reino', pois o Reino de Deus está
no meio de vocês".
Com este tema, Jesus deixa evidente que
temos
que estar bem conosco mesmos com nossos irmãos e com Deus,
pois senão não podemos viver no Reino dos Céus.
A Pessoa de Jesus:
Jesus referiu-se
a si mesmo como o Filho do Homem. Essa expressão pode
apresentar
várias interpretações, mas pode ser compreendida
como sendo uma intervenção pessoal de Deus nos assuntos
humanos, não tanto através da figura de um mensageiro,
mas sim como a do inaugurador de um estado de coisas entre
os homens
em que o Reino de Deus está efetivamente presente. Uma das
passagens em que Jesus se refere ao Filho do Homem: "O
Filho
do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar
a Sua vida em resgate de muitos".
2.3 Seguir Jesus: o preço
Os Evangelhos contém relatos de um período no qual Jesus passou no deserto em solidão voluntária e onde ele enfrentou e resistiu a diversas tentações. Se o próprio Filho de Deus sofreu tentações quanto mais nós as sofremos!
Os Evangelhos contém relatos de um período no qual Jesus passou no deserto em solidão voluntária e onde ele enfrentou e resistiu a diversas tentações. Se o próprio Filho de Deus sofreu tentações quanto mais nós as sofremos!
Entretanto, as tentações de Jesus
podem ser vistas por nós como meios fáceis e mesquinhos
de se estabelecer o Reino. Quando Jesus reconheceu as
tentações
como tal, ele viu-se face a face com o único caminho, o da
entrega total, sem qualquer recompensa ou retorno: o
caminho do
Amor puro e sem sentimentalismo.
Jesus não oferecia nenhum atrativo
fácil.
O preço para ser seu discípulo não haveria
de ser alto nem baixo, mas absoluto. Ele usou vários meios
para transmitir esse fato simples: usou poemas, parábolas
e falou diretamente aos seus discípulos, especificando
qual
seria o preço para si e, conseqüentemente, para eles.
Jesus era às vezes popular ou não.
As autoridades de modo geral desconfiavam dele e o temiam.
O povo
de Israel não acreditou que Ele era de fato o Messias
Prometido,
pois esperava alguém glorioso e poderoso politicamente
para
libertá-los dos romanos; queriam um Messias que lhes desse
uma nação livre e poderosa.
Por outro lado; Jesus era movido pelo
amor e pela
vontade de Deus. O amor exigia uma reação amorosa
aos sofrimentos do povo e Jesus com seu poder de cura era
clamorosamente
ansiado, requisitado. Ele curava porque o amor exigia e
pedia aos
que curava para agradecerem a Deus e ficarem em silêncio.
Então, seguir Jesus é uma opção
e a livre entrega de si é a única expressão
de amor que existe; Jesus nos quer por inteiro, sem
restrições,
sem senão, sem porém. Algumas de suas palavras mostram
as atitudes esperadas de um seguidor de Cristo:
"Se alguém esbofeteia sua face direita,
volta-lhe também à esquerda; se alguém quer
litigar com você para tirar-lhe a túnica, deixe-lhe
também a camisa; se alguém o forçar a caminhar
uma milha, ande com ele duas".
"Amem aos seus inimigos; façam o bem
a quem os odeia; abençoem os que os maldizem; orem pelos
que os injuriam".
"Aquele que não toma a sua cruz e
me segue não é digno de mim".
Finalmente, analisando a vida de Jesus,
constata-se
que sua idéia-força, ou seja, o motivo de sua existência
era a realização da vontade do Pai. As primeiras palavras
de Jesus relatadas no Evangelho quando ele tinha doze anos
e estava
com os Doutores da Lei foram: "Não sabíeis que
devo ocupar-me das coisas de meu Pai?" (Lc 2, 49).
Jesus foi o homem mais autêntico e mais
realizado que existiu sobre a face da Terra que fez a
vontade do
Pai e, portanto fez exatamente o que deveria fazer.
3 - Santíssima
Trindade
A Santíssima Trindade é um mistério
de um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito
Santo.
Pai que é Deus, que é Amor: somente o Pai que ama respeita a liberdade de seu filho.
Filho
que é Jesus Cristo: é o Deus visível que se
fez homem, nascendo da Virgem Maria para cumprir a vontade
de Deus
de libertar os homens do pecado. Jesus é Deus e as
principais
provas são:
O próprio Jesus diz-se Deus (Jó 10, 30; Jó 14, 7; e Lc 22, 67-70).
Os milagres eram feitos pelo próprio Jesus, e não por meio de Jesus.
O próprio Jesus diz-se Deus (Jó 10, 30; Jó 14, 7; e Lc 22, 67-70).
Os milagres eram feitos pelo próprio Jesus, e não por meio de Jesus.
Espírito
Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é
comunicado e transmitido. Segundo o CREDO, Jesus foi
concebido pelo
Poder do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria. Maria
foi
então convidada a conceber Jesus e a concepção
de Jesus foi obra do poder do Divino Espírito Santo: "O
Espírito virá sobre Ti..." A missão do
Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à
do Filho, ou seja, toda a vida de Jesus manifesta a
vontade do Pai
que por sua vez é manifestada pelo Espírito Santo.
Um fato dos Evangelhos é que os
Apóstolos
estavam com muito medo após a morte de Jesus. Foi a
descida
do Espírito Santo sobre eles que os transformou
radicalmente
e deu coragem para que saíssem anunciando o Evangelho. O
mesmo Espírito Santo que deu forças aos apóstolos
e mártires é recebido no sacramento da Crisma, e aí
está a importância deste sacramento no fortalecimento
da Fé e na profissão do Cristianismo de cada um.
3.1 O Dogma da Santíssima
Trindade.
A Trindade é Una; não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. Cada uma das três Pessoas é a substância, a essência ou a natureza divina. As pessoas divinas são distintas entre si pela sua relação de origem: o Pai gera; o Filho é gerado; o Espírito Santo é quem procede. Ou seja, ao Pai atribui-se a criação, ao Filho atribui-se a Redenção e ao Espírito Santo atribui-se a Santificação.
A Trindade é Una; não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. Cada uma das três Pessoas é a substância, a essência ou a natureza divina. As pessoas divinas são distintas entre si pela sua relação de origem: o Pai gera; o Filho é gerado; o Espírito Santo é quem procede. Ou seja, ao Pai atribui-se a criação, ao Filho atribui-se a Redenção e ao Espírito Santo atribui-se a Santificação.
Resumindo, o mistério da Santíssima
Trindade é o mistério central da fé e da vida
cristã. Só Deus pode nos dar a conhecer, revelando-se
como Pai, Filho e Espírito Santo.
Pela graça do Batismo "Em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo" somos chamados a
compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na Terra
na obscuridade de nossa fé e para além da morte, na
luz eterna. Pela Confirmação ou Crisma, como o próprio
nome diz, somos chamados a confirmar essa fé ora recebida
para que, além de vivermos segundo a Palavra de Deus,
darmos
testemunho dela e levá-la por toda à parte.
4 - Fé
A Fé não é apenas uma simples
crença em algo superior, mas é uma adesão pessoal
a um Deus pessoa que exige compromisso. O homem é livre
para
decidir se aceita ou não a Deus e ao seu convite. Ao
aderir
a Deus e exercer a fé, o homem assume o desafio da fé,
aceitando também os Mandamentos, a vivência sacramental
e a fidelidade aos ensinamentos do evangelho. A partir
daí,
o homem passa a ter um compromisso que irá orientar toda
a sua vida.
Como exemplo de homem de fé, pode-se
citar
Abraão, que baseou sua vida e sua caminhada, bem como suas
aspirações, na promessa de Deus, quando a pedido de
Deus saiu de sua terra em busca do local prometido por
Deus (Gn
12, 1-12) ou ainda quando Deus o provou pedindo-lhe seu
único
filho em sacrifício (Gn 22, 2).
Seguir a vontade de Deus não é
escravidão,
mas sim liberdade. Quanto mais aceitamos Deus em nossa
vida, mais
livres somos, e só podemos aceitar Deus sem qualquer
limite
quando temos fé.
A mensagem de Jesus demonstra que a fé
é o princípio da vida religiosa. Cristo começa
sua pregação exigindo a fé de seus ouvintes:
"Convertei-vos e crede na Boa-Nova" (Mc 1, 15). A norma
de salvação é acreditar no Evangelho e ser
adepto de Cristo.
A fé então é um encontro com
Cristo. É uma aceitação tão plena Dele
que vai nos transformando Nele. Acreditar em Deus é
colaborar
no seu plano de crescimento, respeitando suas leis.
Aceitar a Deus
é confiar Nele, acreditar em Seu amor por nós e deixar
que Ele aja em nós.
A fé não se mede pela inteligência
e não é um sentimento ou uma tradição.
No dia-a-dia, a fé é aquela entrega incondicional
e amorosa de si a Deus Pai, Filho e Espírito Santo:
- Nos entregamos ao Pai porque somos suas criaturas;
- Nos entregamos ao Filho para seguir seus exemplos e viver como filhos de Deus;
- Nos entregamos ao Espírito Santo para que Ele nos impulsione e estimule na prática do bem.
Crer é dizer sim a Deus e confiar Nele de
maneira absoluta; e a fé nos compromete a realizar em nós,
momento por momento, a vontade de Deus como ela se
manifesta, assim
como fez Jesus Cristo. Dizer-se cristão, fazer promessas,
freqüentar eventos religiosos, usar distintivos, não
é necessariamente sinal de Fé. Para responder e refletir:
- Quem é Deus para você?
- Quais são os atributos de Deus? O que significam?
- No dia-a-dia é possível notar a presença de Deus? Como?
- Como atuar o mandato de Jesus: “Tome sua cruz e siga-me” nos dias de hoje?
- Quem é Jesus Cristo para você?
- Quem é o Espírito Santo para você?
- O que você espera da Crisma? Você já pensou se precisa ou em que precisa mudar sua vida?
- Você já sentiu a presença do Espírito Santo em sua vida? Quando?
- Procure notar quantas vezes em uma Missa, o celebrante pronuncia a palavra Espírito Santo. Por que?
- O que é ter fé? Tenho fé?
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