Sobre o
pensamento dominante na doutrina mariana, o Concílio Vaticano II explica a
dignidade e a eficácia de Cristo como único mediador. Nenhuma criatura, de fato
pode ser comparada com o Verbo Encarnado, no entanto a única mediação do
Redentor não exclui, mais suscita nas criaturas uma diversa cooperação
participada por uma única fonte. E esta função subordinada de Maria, a Igreja
não hesita em reconhecê-la abertamente, continuamente a experimenta e recomenda
ao amor dos fiéis para que sejam mais intimamente unidos com o Salvador.
A
precisão feita pelo concílio significa que entre Cristo e Maria não existe
nenhum dualismo e nenhuma concorrência, mais reina plena harmonia. Maria é toda
relacionada a Cristo. Mas nesta total dependência na total comunhão, não se
deve ver uma condição de inferioridade da mulher diante do homem, mas sim a
suprema realização de Maria, simples mulher, em Cristo, Filho de Deus feito
homem, já que somente Ele pode dar sentido e valor a toda criatura humana, seja
do sexo masculino ou feminino.
Uma contribuição de complementaridade
Depois de
ter afirmado a associação ativa de Maria a Cristo, perguntamo-nos agora como se
poderia configurar contribuição especifica de Maria na obra do Salvador. Não
hesitamos em defini-la como contribuição de complementaridade: “na obra da
salvação a cooperação de Maria com Cristo se exercita sob a marca da
complementaridade. Maria não é um segundo Cristo... Ela existe enquanto
diferente dele e complementar. Ela dá uma contribuição especificamente feminina
e revela o papel indispensável da mulher para plenitude humana da obra da
salvação” (J. Galot)
Frei Luiz Faccenda - OFM
Nenhum comentário:
Postar um comentário