sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sem Dualismo e Nenhuma Concorrência


Sobre o pensamento dominante na doutrina mariana, o Concílio Vaticano II explica a dignidade e a eficácia de Cristo como único mediador. Nenhuma criatura, de fato pode ser comparada com o Verbo Encarnado, no entanto a única mediação do Redentor não exclui, mais suscita nas criaturas uma diversa cooperação participada por uma única fonte. E esta função subordinada de Maria, a Igreja não hesita em reconhecê-la abertamente, continuamente a experimenta e recomenda ao amor dos fiéis para que sejam mais intimamente unidos com o Salvador.
 A precisão feita pelo concílio significa que entre Cristo e Maria não existe nenhum dualismo e nenhuma concorrência, mais reina plena harmonia. Maria é toda relacionada a Cristo. Mas nesta total dependência na total comunhão, não se deve ver uma condição de inferioridade da mulher diante do homem, mas sim a suprema realização de Maria, simples mulher, em Cristo, Filho de Deus feito homem, já que somente Ele pode dar sentido e valor a toda criatura humana, seja do sexo masculino ou feminino.
Uma contribuição de complementaridade
Depois de ter afirmado a associação ativa de Maria a Cristo, perguntamo-nos agora como se poderia configurar contribuição especifica de Maria na obra do Salvador. Não hesitamos em defini-la como contribuição de complementaridade: “na obra da salvação a cooperação de Maria com Cristo se exercita sob a marca da complementaridade. Maria não é um segundo Cristo... Ela existe enquanto diferente dele e complementar. Ela dá uma contribuição especificamente feminina e revela o papel indispensável da mulher para plenitude humana da obra da salvação” (J. Galot)
Frei Luiz Faccenda - OFM

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